domingo, 14 de fevereiro de 2010

A Culpa é nossa!

Reclamaremos de nossos erros, as coisas que deixamos de fazer e as coisas que fizemos.
Somos atraídos por situações, envolvidos por pessoas e nos relacionamos com tudo com facilidade, nem que não seja a todos, mas sempre àlguma coisa. Dos bons, corretos e acertos as nossas convicções existem e como prova deles o que também não acontece a nós, ou a um resultado ruim de nossas ações. Colocamos culpa em tudo e nos deixamos com perguntas e curiosidades em significados e mais que naturalmente nos conformamos pelo destino, pelo Sr. Cómos, por Deus nem que seja pensando por um lado positivo. Temos conciência do que temos a nossa volta e o que acreditamos que exista e somos felizes por existir algo que possamos colocar uma culpa. Não pensamos em nós, e sim pelo todo, assemelhando com o que já vivemos, vimos, e com o que pode significar . Vamos parar de procurar nossas desculpas e assumir nossa culpa.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Se Era ou É, assim será.


foto: Manuel Martins

Era é algo muito recordativo porque o presente É
Se É no presente, é porque no passado não É

Se foi; era... Se não fosse assim, seria "sempre foi"
Se Era é algo muito recordativo e É, é o presente

Um bom exemplo, é que se Era bom agora não É mais
Se não Era, é porque agora É. Se sempre foi, sempre foi.

domingo, 6 de setembro de 2009

romantismo não é amar.

foto: manuel martins

Acabou o romantismo, não existe mais o que existiu antes e tudo o que é dito agora há outro tipo de interpretação. Os elogios passam a ser interesse, a preocupação é curiosidade, nosso cotidiano dito é ridicularizado e o amor que nunca passou de um romantismo, não acaba, o amor vira. Nada é levado a sério, nada tem relevância e existe falta de compreenção e entendimento. O amor não tem profundidade.
É dentro da lembrança que deve permanecer sem pertubar, sem sofrer alterações assim como deve ficar guardado um primeiro amor.Não existe atração, não existe vontade e nem mesmo a falta.
Amor não se vinga, amor é perdoar, amor não é romantismo, mas nosso romantismo é dizer que ama.
Amor não se vinga, amor sente vontade, o nosso romantismo que diz que é amor, faz porque sente vontade.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Hoje faço um mês sem um vício filho-da-puta! Fumar é bom, sinto lhes dizer, mas é. Depopis de um mês já consigo ficar mais ou menos duas horas sem pensar em fumar, largar o vício é preciso de muita reflexão e refletir fumando um cigarro é muito bom, na verdade era. Cheguei a conclusão que o vício não tem fim, porque até quando paramos de fumar o ato não-fumar se torna um vício, você quer e tem muita vontade mas não consegue, porque o vício agora é não fumar.

Ainda estou com problemas para dormir, o travesseiro não é muito bom, a rinite anda muito atacada e aquele costume de usar a internet até as altas estão me fazendo rolar horas e horas na cama. Desde que cheguei aqui só fez sol apenas dois dias, sendo que um dia de sol fazia muito frio. Não tive muitas coisas para fazer, me tornei noveleiro. A novela das sete com aquele macaquinho malandro e as jóias escondidas no pneu e a novela das oito com com aquela trama clichê da globo - a quebra das tradições, sempre a história se repete variando as culturas - o coroné que não casa sua filha com o filho do barão, a mulher árabe que não casa virgem e a rica indiana que não se pode casar com um dalith mas pulou a cerquinha. Gosto quando vejo o Bruno Gagliasso entrar com aquele papel de esquisofrênico, as visões ficam turvas e caleidoscópicas e podiam até soltar no meio aquela voz dizendo em tom de sonserina: Haaaaaarry Pooooootteeeer.
Legal de novela é que movimenta uma parte da economia do país de trama pra trama, o que deve ter de camelô vendendo cds de dança do ventre á mantras, escolas de dança com superlotação na aulas de dança do ventre, livrarias vendendo Bhagavad Gita mais que a bíblia e todos aqueles livrinhos de filosofia hindu, tatuagens do Ganesha nas costas e aquelas camisetas superestampadas com a imagem de Krishna. Fora a trilha-sonora que enriquece bandas e cantores, juro que não aguento mais aquela música do calcinha preta: Você não vale nada mais eu gosto de você, você não vale nada mais eu gosto de você...
Aqui a modinha é um tal de Jammil e uma noites com um hit pra lá de bahiano, escuto essa sempre nas rádios: "Tchau, I have to go now, I have to go now, tchau!"
Confira essa pérola da música brasileira aqui mesmo: http://www.youtube.com/watch?v=Z6w_YnNLhpk
Ó meu povo brasileiro, o que é dançável nóis dança né?

Ando comendo demais também. Acho que nunca comi tanto na minha vida como agora, comida de vó sempre é bem falada e também não é porque estou em minas que minha comida é feita no fogão a lenha - apesar de termos um - o fogão é comum e a única diferença é que ela frita o bife na panela e esquenta o feijão na frigideira, não me pergunte porquê. Por morar em frente a padaria devo ter sido o cliente mais lucrativo deste mês, sou problemático com padaria.

Estou me divertindo com algumas situações, por aqui encerro e vou ficar nessa doce solidão assoviando Fifi-fu-fi fãããããã Fifi-fu-fi fãããããã.

sábado, 22 de agosto de 2009

Primeiros dias.

plataforma de embarque

Primeiro dia de viagem, dormi pouco para quem acordou as quinze para as cinco da manhã, minha mãe que me levou à rodoviária, me deixou na frente dos elevadores e me deu um beijinho.
"Tchau filho, vai com deus."
"Tchau mãe, com deus também. Te cuida"
"Você também."

Entrou no carro e segui até os elevadores, passou por mim e "bip", deu uma businadinha. Sempre faz isso quando me deixa em algum lugar, também comecei a fazer isso depois que comecei a dirigir.
Cheguei na praça de alimentação da rodoviária para tomar um café e fui escolher justo o lugar mais caro, um lanchinho com peito de perú e chédar, e um carioca me custou R$9. Terminei e não tinha dado meu tempo de embarcar. Comecei pela terceira vez ler meu livro que ganhei da minha "ex", sempre que começava a ler, acabava me ocupando com outras coisas depois e não lia mais. Dessa vez nada poderia me fazer parar, pelo menos por enquanto.
Sete horas desci para as plataformas, embarquei na 16 e logo na subida do ônibus já fizeram piadinhas de português com meu nome, ora pois.

Meu ônibus tinha tevê, o motorista deu as instruções para comodidade da viagem, nada tão parecido quanto àquelas coreografadas em avião, e apertou o play. O Filme era o Vale das Sombras, aquele tipo de filme assim como A Lista de Schindler que mostra o sentimentalismo de quem não é a favor da guerra no seu país, até que foi legal.

Vista do Onibus

Na metade do filme já estávamos em Campinas e assim que acabou o filme, um Policial Militar se propôs a escolher o próximo. Devia pegar muito aquele ônibus, mexeu no volume, aumentou o zoom tirando a tela do widescreen e colocou um filme com uma cara de péssimo, tanto mexeu naquela tevê que nem quis ver, pensei em dormir, e dormi. Acordei duas cidades antes do meu destino, Guaxupé-MG já que não havia comentado.
Na chegada minha tia já me esperava, fomos de encontro com seu namorado, noivo, ou sei lá, meu tio, nunca sei me referir de primeira o que ele é meu. É dono de uma tevê aqui em Minas, a TV SUL e estava com os donos de uma tevê de Possos de Caldas(MG) para business.
Fiquei só de spectator nessa e comendo aquela comidinha do fogão caipira, ótimo restaurante aqui da cidade.



Estava com saudades daqui, e pela primeira vez quando estou de saco-cheio tenho a oportunidade de viajar pra poder me distrair e esquecer um pouquinho das coisas. Ao fim da tarde vi meus tios, primas e minha avó. Quase não sentia saudade, em um ano e meio que não vinha até aqui, ela já havia me visitado umas quatro vezes.

Revi meu avô, este sentia muita saudade. Não está muito bem e está aposentado pela velhice, mudou mais do que qualquer cigano de pracinha e 9 filhos não é para qualquer um, nem hoje se interessa por uma tevê, sentamos para assistir e nem se interessou. Está explicado a quantidade de filhos. Tem suas próprias crenças que não coincidem com as minhas, mas o que falar para esse meu velho, disse uma coisa que gostei: Temos que ter esperança no dia de amanhã, e plenamente concordei, "está certo vô, não se pode perder nunca".
Estou descansando, empolguei com o livro e me senti até mais inspirado para escrever, e como, acho que nunca escrevi tanto num post.



Ontem fiz uma sessão de fotos com o vô, tocamos violão e o filha da mãe me tira de ouvido eu tocando Vida Doce do Marcelo Camelo, eu que pensei que era mais fácil ensinar ele assoviar a introdução. Mais tarde tomando café com a minha "vó", ele desceu e chamei para tomar um café conosco, a história do meu vô chega a ser um pouco engraçada. Casou-se com minha vó, 9 filhos e separaram-se. Deviam ser inúmeras brigas e hoje velho e impossibilitado de viver só, voltou para morar com seu filho que surpreendentemente quem mora aos fundos da casa é sua ex-mulher, a minha vó, que na ausência da minha tia ajuda a cuidar dele. Engraçado não? Não me venham com essas de que o mundo dá voltas que isso eu já sei. Tirei uma foto que talvez ninguém mais consiga, depois de anos, os dois frente a frente sentado na mesma mesa tomando café, "que lindo"!
Vó e vô

Quanto ao que vim mesmo fazer, 99,9% de chances não acontecer, porém só por me distanciar já está sendo o suficiente, dirigi até um fusca sem freio, com documentos vencidos e para dar mais emoção, sem o cinto de segurança.

Eu me sinto bem.

Dirigindo o fusquinha

sábado, 25 de julho de 2009

novo membro

foto: Manuel Martins

Sábado, frio e saldo da conta bacária em zero. Seria um dia tedioso, mas para quem tem cachorro dentro de um apartamento de dois dormitórios, uma sala, um banheiro e uma lavanderia os dias assim podem se tornar mais diferente. O nome do Cachorro é Jack, foi adotado por compaixão, viveu no Sol, na Chuva, exposto ao frio e ao calor, deve ter sido mais um dos bilhões de cahcorros abandonados e maltratados. Veio de última hora, a história dele sensibilizou minha mãe.
Do lugar horrível que ficava veio pro frio do meu apartamento, mais que uma proposta foi um desafio criar o cachorro em 60m² sem neurotizá-lo. Aos poucos percebi que qual neuroze teria um cachorro mudando para condições melhores e sendo cuidado das suas enfermidades? Nada de mais a não ser fazer xixi e coco e lugares indevidos, comer jornal e tomar óleo de cozinha. Hoje não tenho nada pra fazer a tarde, mas tive que cuidar do meu cachorro, que aliás não faz nada da vida, não trabalha, não estuda, na verdade nunca me falou que queria ser adestrado, vive dependendo de mim, da minha mãe, dos seus donos. O que ele faz da vida é fazer com que os outros cuidem dele.
Ele é teimoso, esses dias fiquei surpreso quando ficamos dois minutos parados um na frente do outro, primeiro pedi pra ele sair e ele não quis, fiquei olhando esperando a reação dele e ele a minha. Ele tem um dono teimoso como ele, e ficamos lá, eu esperando ele sair para abrir a porta e ele me esperando abrir a porta pra ele sair. Eu gosto dessa teimosia.
Não lembrava mais como era ter um cachorro, de primeira eu não quis; não quis me envolver. Eu vi aquele filminho do Marley e Eu pasando na minha cabeça, que ridículo!
Mas hoje estou satisfeito com nossa relação, é legal mandar e ser desobedecido.